sexta-feira, 7 de setembro de 2007

07 de Setembro de FHC é Minguado. Quem Lembra?!

06.09.2002
SETE DE SETEMBRO MINGUADO
O ano foi marcado por um fato inédito: a dispensa de 44 mil dos 52 mil recrutas convocados. E até sem precisar - essa é a opinião de um dos mais influentes colaboradores do presidente Fernando Henrique na área econômica. A dispensa de recrutas teria desgastado a imagem do governo e azedado as relações com as Forças Armadas. Um episódio que poderia ter sido evitado se, de acordo com esse assessor, houvesse um pouco mais de empenho e criatividade por parte do governo. O dinheiro economizado com a dispensa de recrutas poderia ter vindo de outra fonte, facilmente, segundo ele. A medida de emergência trouxe novamente discussões por mais verbas para os militares. O governo não deu o dinheiro necessário, mas liberou R$ 300 milhões para o Ministério da Defesa, lançou o Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam, e abriu a discussão para a compra de novos caças para a Aeronáutica. Mesmo assim, os cortes de verba continuam severos. Dos R$ 5,2 bilhões previstos no orçamento, apenas R$ 3,3 bilhões foram liberados até agora. A Aeronáutica foi a força mais prejudicada. Isso provocou o cancelamento de operações militares por todo o Brasil e impediu o reforço programado nas fronteiras da Amazônia. A falta de dinheiro também afetou o desfile de 7 de setembro. Este ano, ele vai ter menos tropas e menos carros. Até a apresentação de caças da Força Aérea foi suspensa. Mas terá uma novidade: o Palácio do Planalto vai oferecer um coquetel depois do desfile para os oficiais mais graduados. Mas a maior preocupação dos militares agora não é o desfile, mas os recursos para o ano que vem. A proposta de orçamento do governo enviada ao Congresso prevê R$ 4,45 bilhões para o Ministério, verba que os militares esperam que o novo presidente não corte.

Fonte: Jornal Bom Dia Brasil - 2002

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Presidente da Philips é Repudiado.

PT de Fortaleza repudia declarações de presidente da Philips sobre o Piauí

O PT de Fortaleza emitiu nota de repúdio contra declarações do presidente da Philips, Paulo Zotollo, ao jornal Valor Econômico, de que se o Piauí deixasse de existir não faria falta. Zotollo foi um dos primeiros executivos da indústria a se manifestar em defesa do movimento Cansei, e se manifestava sobre o assunto na entrevista ao jornal.

Leia a íntegra da nota:

Nota de Repúdio
O Diretório Municipal do PT Fortaleza, reunido em 25 de agosto de 2007, repudia veementemente as declarações do presidente da Philips do Brasil, Sr. Paulo Zotollo, ao afirmar que “... se o Estado do Piauí deixasse de existir não faria falta...”. Representa um ataque a todos os nordestinos e demonstra seu caráter preconceituoso e fascista não apenas desse senhor, mas de seu movimento denominado “cansei” representando a burguesia paulista.

Diretório Municipal do PT Fortaleza
Fortaleza, 25 de agosto de 2007.


Fonte: Partido dos Trabalhadores - PT

Os Investimentos Não Param.

No rádio, Lula anuncia PAC da Saúde para Setembro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou hoje no seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", transmitido pela rede Radiobrás, que vai anunciar no próximo dia 19 de setembro o Programa de Aceleramento da Economia (PAC) em conjunto com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O programa vai priorizar as cidades "com mais de 50 mil habitantes por índice de mortalidade infantil e as cidades do Norte e Nordeste com propensão de malária. E também a região Sul do País e cidades que tenham doença de Chagas", afirmou Lula.
O PAC Funasa terá R$ 4 bilhões para investimento, sendo que R$ 280 milhões serão aplicados para levar esgotamento sanitário e água tratada a 90% das comunidades indígenas, e mais R$ 180 milhões para levar esgotamento sanitário e água potável também nos quilombos já legalizados, anunciou o presidente.
Lula também deu destaque ao programa de infra-estrutura que cuida do saneamento básico, onde serão aplicados R$ 40 bilhões divididos entre os 27 Estados. "Envolve na verdade 394 municípios e vai atender o equivalente a 15 milhões de famílias, ou seja, 60 milhões de pessoas", disse Lula. "O grande problema do Brasil era que o País tinha uma cultura pequena de investimento em saneamento básico. Eu digo sempre, nos atos em que participo, que têm determinados tipos de políticos que historicamente não gostam de fazer saneamento básico porque você vai enterrar uma manilha e, portanto, você não pode fazer propaganda depois, não pode colocar uma placa comemorativa em cima de uma manilha", disse o presidente.
Lula explicou que o resultado de uma política como essa é que "a gente vai poder ver no Brasil uma redução na mortalidade infantil".

O presidente acrescentou que "a gente vai poder ver no Brasil as crianças brincando na rua sem ter esgoto a céu aberto, a gente vai poder ver as pessoas abrindo uma torneira e tirando água potável para beber, para lavar roupa, para tomar banho. Esse é o benefício que nós queremos fazer", afirmou Lula. O presidente concluiu que "o importante é que se tenha uma política combinada, ou seja, para se aplicar essa política de saneamento básico, junto tem que entrar o posto médico, junto tem que entrar escola, junto tem que se pensar na área de lazer, junto tem que entrar a política de segurança".
Fonte: Agencia Estado 27/08/2007

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Golpismo Na Praça !

A imprensa tupi ficou preocupada com os direitos humanos dos atletas cubanos que abandonaram seu time, preferindo mergulhar em noitadas de álcool e prostitutas, com dinheiro de mafiosos. Não sou moralista, não tenho nada contra álcool e prostitutas. Mas eles abandonaram seu time no meio da competição, lesando os milhões de cubanos que bancaram, com seus impostos, o treinamento deles.
Me irrita essa santificação de dois atletas que mostraram, no mínimo, falta de ética. Aconteceu, porém, que os cubanos (são dois garotos, demasiadamente jovens e inocentes) caíram em si e optaram por voltar para casa. Chamaram a polícia militar (e o Globo, em nota de ontem, distorceu a informação, dizendo que a polícia os encontrou), que chamou a Polícia Federal, que acionou as instâncias competentes. Os atletas afirmaram, diversas vezes, que desejavam voltar pra casa. Muitos jornalistas pensaram que o mais justo seria o governo brasileiro "prender" os atletas no país. É a nova modalidade de asilo político inventada por nossa mídia golpista: o ASILO FORÇADO. Agora, quando um cubano vier ao Brasil, prendamos o sujeito aqui à força, e mandemos as contas de saúde e alimentação do cujo para a redação do Globo. Cubanos! Fujam de Cuba agora! O Globo vai sustentar vocês todos! Com dinheiro do Criança Esperança! Ah, seria engraçado um escândalo desses: Dinheiro do Criança Esperança usado para financiar contra-revolução em Cuba.

Outros chegaram ao ridículo de afirmar que o governo deveria ter feito uma pantomina internacional com o assunto, chamando a ONU, a ONA, a ONI, a ONE. Que o governo deveria interromper todas as suas preocupações e dedicar-se inteiramente a dois estrangeiros traíras e pusilânimes, como se não houvesse nada mais importante com que se preocupar.Quero ver agora a mesma preocupação com os 25 presos BRASILEIROS que foram queimados vivos em Minas Gerais. Onde está a preocupação com os direitos humanos? Eles dão a notícia, mas e os editoriais? Onde está a preocupação com os direitos humanos em tantos outros casos. E que estupidez é essa? O cara da OAB afirmou que os sujeitos QUERIAM voltar. Pronto, acabou. Se o governo foi rápido, ótimo. Resolveu a situação depressa. Quando o governo é lento reclamam, quando o governo é rápido, reclamam. Ô gentinha mais enjoada! Gastaram páginas e páginas, editoriais e editorais, com essa palhaçada. Tá sobrando papel.

E o movimento Cansei virou uma piada grotesca. Aquela propaganda com Hebe Camargo, Ivete Sangalo, Regina Duarte e Ana Maria Braga foi a coisa mais ridícula em décadas de golpismo midiático. O que eles esperavam com essa campanha obscura, liderada por gente como o Paulo "Piauí não existe" Zottolo e João "Cãozinho de luxo" Dória? Quanto dinheiro no lixo, meu Deus! Se o Zottolo se preocupasse tanto com o Brasil assim, em vez de pagar anúncio em grandes jornais, poderia doar a grana para um projeto social. E por quê não dizem o que querem? Olha só, faltam albergues nas grandes cidades para as pessoas que dormem nas ruas. Falta uma política mais justa com os menores infratores e menores abandonados. Eles não se cansaram do tratamento que o governo do Estado de São Paulo dá às suas crianças? Por que não se cansaram quando FHC quebrou o país várias vezes, multiplicando nossa dívida pública, aumentando nossa dependência econômica e política do FMI e produzindo recessão e desemprego? Por que não se cansaram quando a agricultura familiar brasileira morria à míngua, sem crédito, enquanto os grandes produtores rolavam dívidas?

Existe muita coisa a ser feita no país. Mas seguramente não são esses "cansados" os agentes das mudanças. Por um lado, foi muito bom ter surgido esse movimento Cansei. Mostraram a cara, e todos podemos ver como eles são feios. Aquela cara de cú da Regina Duarte entrará para história como símbolo do grotesco. E para que aquela mãozinha no peito, Deus! Nova saudação nazista?

Envenenar, envenenar. Palavras de ordem da elite branca


Envenenar, Envenenar. Palavras de Ordem da Elite Branca
Miguel do Rosário, Óleo do diabo

Estou estarrecido com a cara-de-pau dos repórteres do Globo, de fotografar a tela do computador dos ministros do Supremo Tribunal de Justiça. Jornalismo ou espionagem? Enfim, também não me espanta demais. Os holofotes estão voltados sobre eles. Mas essa opção editorial de espionar a tela dos computadores, para mim, pareceu um tremendo desrespeito à intimidade dos mesmos. Quero ver o que a OAB tem a dizer sobre isso. Fica cada vez mais claro o nervosismo da imprensa. A denúncia do Procurador Geral contra os 40 ¨mensaleiros¨é fraca.


Vários jornalistas que leram a íntegra do texto, mesmo o radical anti-petista Noblat, admitiram que ele não traz provas ou fatos substanciais que justifiquem a aceitação da denúncia. Entretanto, são poucos os que acreditam que o Supremo terá peito para enfrentar o dragão da mídia, que já fez seu julgamento. A matéria da Veja desta semana, sobre a suspeita de grampos, revelou que a revista se tornou uma ferramenta partidária em mãos de obscuros interesses. A denúncia da revista não durou um dia. Seu objetivo, porém, era jogar luz sobre os ministros do supremo e envenenar a relação destes com o poder executivo. A matéria do Globo de hoje (23/08), publicando as mensagens íntimas dos ministros, fotografadas clandestinamente, tem o mesmo objetivo. Assustar os ministros do Supremo. Ontem assisti o programa do Jô. Há mais de dois anos que não assistia. Estava em casa, sem nada para fazer, minha mulher ocupando a internet, nada em outros canais, então encarei. Era dia das "meninas" do Jô. Que de meninas não tem nada, diga-se de passagem. Não lhes chamo de velhas, por respeito às senhoras idosas, e porque não são tão velhas assim. Chamo de velhacas. Mentirosas e tendenciosas. A pior de todas é a Lucia Hippolito. Ela é cabo eleitoral do PSDB e PFL e pronto, acabou. Distorce qualquer informação para satisfazer sua sanha anti-esquerda. O Jô estava um pouco mais cuidadoso. Dava um no prego e outra na ferradura. Defendeu o Bolsa Família. As meninas ficaram muito sem-graça. A Hippólito tentou reduzir danos ao lembrar que foi criado por Fernando Henrique, mas o Jô não deu muita bola. Todo mundo sabe que a paternidade do Bolsa Família é disputadíssima e que, se existia antes de Lula, foi ele quem deu gás ao programa e o universalizou. Aí ela decidiu apelar para o golpe baixo e lembrou que Lula recebe o Bolsa Ditadura. Dois mil dólares por mês, ela disse. Outra menina corrigiu: dois mil reais. Se a deixasse, ela não corrigiria. Logo ela, que não erra nada. Sempre tão exata. Iria duplicar o valor pago à Lula por ter sido prejudicado na ditadura militar. Chamar de bolsa ditadura é típico dessa gente. Bem, foi golpe sujo, porque se Lula ganhou essa bolsa foi porque a Justiça, ou seja, uma instância independente do Executivo, assim o decidiu. Ficou mal para a Hippólito, ainda mais que foi lembrado que outros recebem muito mais, entre eles Carlos Heitor Cony, que ganhou uma bolada de milhões e ganha um valor mensal bem maior que o recebido por Lula.


A peruééésima Ana Maria Tahan atacou com o lugar comum de que é preciso ensinar a pescar em vez de dar o peixe. A frase preferida de FHC. Mas Jô estava dando na ferradura e rebateu que essa história era velha. Tem horas que o lago está seco e não tem peixe. Tem que ajudar mesmo. A Lílian Witte Fibe lembrou, constrangida, que a revista The Economist elogiou o Bolsa Família e seus congêneres no México e no Chile. Para os colonizados, as coisas só tem valor quando saem no The Economist. Tá bom. Ela admitiu, então, que há casos em que o governo precisa mesmo dar ESMOLA. Isso me irritou, porque acho um tremendo desrespeito chamar um programa governamental de assistência social de esmola. Esmola o caralho. É o pagamento de uma dívida social e o cumprimento do direito constitucional de todo cidadão de ter acesso à vida. Se o Estado brasileiro tem dinheiro. Se a Lilian Wite Fibe tem dinheiro, é porque os ancestrais desses pobres que hoje recebem ajuda do governo trabalharam para isso. Não é esmola.


Mas o pior de tudo foi quando o Jô abordou o tema dos cubanos deportados. O Jô se mostrou desinformado, repetiu diversas vezes que os pugilistas foram deportados contra a sua vontade. Mentira. O representante da OAB carioca declarou que entrevistou os cubanos sem presença de nenhuma autoridade e que os mesmos afirmaram, categoricamente, que desejavam voltar a seu país. O mais rápido possível. Nenhuma jornalista esclareceu isso. A Hippólito, especialmente, discursou sobre o assunto e não falou o mais importante. Que os cubanos queriam voltar. Que eles tinham sido enganados por empresários alemães (dois pilantras, talvez bancados pela CIA), que os embebedaram e os seduziram com dinheiro, drogas e prostitutas. Ninguém falou isso e o tema foi fechado sem que o espectador tivesse acesso à informação mais importante. Gostaria de saber o que esse pessoal pensa. Qual o interesse do Brasil de fazer uma deportação urgente de atletas para Cuba? Por que o governo é de esquerda e Cuba é comunista? Ora, mas não são eles que dizem que o PT abandonou todas as suas bandeiras? Esquizofrenia total. O negócio é que estão querendo culpar Lula pelos problemas internos de Cuba. Os atletas serão punidos? Sinceramente, não me interessa. Se eu for pensar em sofrimento humano, prefiro me preocupar com os milhares que morrem queimados vivos por bombas em Bagdá. Também não vamos santificar os atletas. Eles abandonaram seu time no meio de uma competição. Imagina se o Ronaldinho Gaúcho abandonasse a seleção brasileira pouco antes da final da Copa do Mundo? Eles podiam esperar, ao menos, o fim da competição. Aquela deserção, regada a champagne e prostitutas, patrocinada por mafiosos, não convenceu ninguém. Acho horrível isso de proibir as pessoas de ingressarem ou saírem do país. Mas os cubanos têm muitas outras coisas boas e, francamente, estão melhores que El Salvador, Haiti, Belize, Guatemala. Pelo menos tem bons hospitais e boas escolas.


Por fim, gostaria de comentar os últimos textos do Eduardo Guimarães. Nosso combativo blogueiro esteve na Venezuela e nos proporcionou maravilhosas reportagens sobre a realidade daquele país. Sua descrição de uma briga num bar, na qual acabou envolvido, entre belas jovens chavistas e anti-chavistas, é um clássico. Guimarães tira conclusões pessimistas sobre o que viu, prenunciando que esta triste e louca situação de enfrentamento fanático e radical se repetirá no Brasil. Já temos indícios disto por aqui. Um comentarista do blog dele lembrou do caso da alckmista que arrancou, a dentadas, o dedo de uma petista, num bar do Leblon. Pois é. A coisa está braba em todo lado. Mas eu prefiro ter uma visão mais otimista. Existe o enfrentamento. Mas acho que é melhor do que a paz "de cemitério" que tínhamos antes. Aliás, a paz nunca existiu. Os índices de criminalidade em São Paulo ou Caracas, bem antes de Lula ou Chávez chegarem ao poder, revelam que essa paz era falsa. Era uma paz comprada com o sangue de milhões de trabalhadores. Não não não. Prefiro muito mais a nossa guerra.


Prefiro uma Venezuela dividida politicamente mas onde os pobres estão tendo mais esperança. Prefiro um Brasil dividido politicamente mas sem dívida externa, com nível de emprego estável, com inflação controlada, crédito popular em expansão, crédito para a agricultura familiar, Bolsa Família para 45 milhões de brasileiros que antes não tinham o que comer. Se o clima está pesado nos corredores da Daslu, se a Hebe Camargo está cansada e a Regina Duarte voltou a se cagar nas calças, problema deles. As rodinhas de samba, os saraus de poesia, os teatros alternativos, nunca estiveram tão animados. Enfrentamento havia antes, quando o FHC colocou tanques na Praça XV para privatizar a Vale do Rio Doce.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

DUPLICAÇÃO DA BR-101

Paulo Machado e
Eliane Gonçalves

Porto Alegre -
A obra de duplicação da rodovia BR-101, no trecho que vai de Palhoça (SC), na região metropolitana de Florianópolis, até Osório (RS), completa um ano hoje (30). A estrada faz parte do Corredor do Mercosul, interligando Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Iniciada em janeiro de 2005, a obra custará R$ 1,1 bilhão e tem financiamento do governo federal a partir dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). A conclusão está prevista para dezembro de 2008. A duplicação dos 345 quilômetros do trecho vai permitir uma viagem em pista dupla de Governador Valadares (MG) até Porto Alegre (RS) para facilitar as trocas comerciais e o turismo entre os países do Cone Sul. Implantada no final dos anos 60 e início dos anos 70, a BR-101 é uma das principais rodovias longitudinais do país, ou seja, liga Touros (RN) a Rio Grande (RS), com 4.551 quilômetros de extensão ao longo da costa brasileira. Com o crescimento econômico do país e conseqüente aumento da frota nacional de veículos nos últimos 30 anos, a rodovia tornou-se obsoleta. No seu trecho Sul, que liga Curitiba a Porto Alegre, ela foi projetada para um trafego de 7 mil veículos por dia. Atualmente, segundo dados do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), trafegam pela estrada diariamente oito mil caminhões, centenas de ônibus e cerca de 20 a 40 mil veículos de menor porte. Os primeiros estudos de viabilidade da duplicação da BR-101 Sul, trecho entre Florianópolis (SC) e Osório (RS), começaram a ser elaborados em 1994 e foram concluídos em 1998. A fase de elaboração do projeto de engenharia e o licenciamento ambiental da duplicação da rodovia levaram três anos: de 1999 a 2001. Em 2002, foram duplicados apenas os quatro quilômetros finais da rodovia, próximos a Osório (RS). Entre 2003 e 2004, foram feitos os estudos de viabilidade ambiental, desapropriações, pagamento de indenizações, preservação de alguns dos 42 sítios arqueológicos existentes no trecho, além da remoção e reassentamento de famílias. As licitações, a contratação das empresas, e os primeiros trabalhos de duplicação da rodovia começaram no ano passado. Ao completar um ano de execução, os trechos mais adiantados já se encontram em fase de receber a pavimentação, mas a maioria deles ainda se encontra em fase de terraplanagem e de construção dos aterros. A construção de pontes, viadutos, passarelas, túneis e sistemas de drenagem começou neste ano.

Fonte:www.ideli.com.br 30/01/2006

PORQUE VOTO EM LULA


José Roberto de França Arruda

Prof. de Eng. Mecânica da UNICAMP


Voto em Lula porque ele representa o "justo meio termo" e porque é um humanista e um homem do que se pode chamar de "socialmente preocupado" (do inglês "socially concerned", expressão cunhada por Galbraith para a "nova esquerda") . Ele é atacado pela direita e pela esquerda, por tudo e pelo seu contrário. São evidências de que está no "justo meio termo", de que é um denominador comum dos anseios da população brasileira.


Na economia, Lula implementou, de fato, a autonomia do Banco Central, que era pedida pela quase totalidade dos economistas e setores empresariais, mas é atacado por supostas altas taxas de juros, quando todos sabem que quem dita as taxas de juros é o Banco Central. Ningém acusa os dirigentes e técnicos do BC; acusam o Presidente Lula por algo que é uma decisão técnica de um órgão autônomo do Estado (não mais do governo). Querem a profissionalização dos órgãos públicos, mas criticam quando isso é alcansado. A oposição diz que os juros reais estão muito altos, quando estão em queda e que jamais foram tão altos como no governo anterior (FHC). O mesmo vale para o câmbio.

Dizem que o real está sobre valorizado, mas nosso custo de vida é dos menores do mundo e nossas maiores cidades têm custo de vida inferior a todas as capitais de países desenvolvidos. Elas estiveram, sim, entre as mais caras do mundo, mas foi no governo anterior, da oposição, que hoje critica uma suposta baixa taxa de câmbio apesar de defender o câmbio flutuante.

A oposição, que critica é a mesma que quase destruiu nossa base industrial mantendo obstinadamente a paridade do Real com o Dólar ao final do primeiro mandato de FHC, levando a classe média alta a ir fazer suas compras anualmente nos EUA ou Europs, pois era mais barato fazer isso do que comprar aqui.


Na segurança, pela primeira vez um governo federal resolve iniciar um esforço de coordenação das polícias, reequipa e aumenta o efetivo da Polícia Federal, nelhora os salários nas forças armadas e aprimora o controle nas fronteiras. Entretanto, o descalabro dos sistemas prisionais estatuais, a ineficácia e a corrupção da justiça e das polícias dos estados e sua fraca ação social leva inexoravelmente ao aumento da violência (ainda que algumas estatísticas tenham melharado). E quem é acusado por isso? O Presidente da República.


Na indústria, Lula parou o processo açodado e mal feito de privatizações promovido pelo governo do Fernado Henrique Cardoso e é acusado pela direita de manter um estado demasiado grande e pela esquerda por não re-nacionalizar o que foi privatizado. O Governo Lula procurou reparar os erros colossais feitos nos contratos das Teles e outros setores que bem mareciam uma auditoria, como proposto pela esquerda, mas que poderia fazer mais estragos na imagem do país, que tanto precisa de estabilidade e cumprimento de contratos para baixar o risco país e, com isso, poder finalmente baixar os juros. Falta, ainda, reconstruir alguns setores destruidos no governo anterior. A decisão de usar o poder de compra da Petrobrás já fez reviver a indústria naval. Agora o Governo Lula quer recuperar a Marinha Mercante, que era uma das maiores do Mundo e simplesmente desapareceu com a abertura açodada de nossa navegação de cabotagem a empresas estrangeiras promovida pelo governo FHC.


Na educação, o governo de fato limitou-se a cumprir seu papel constitucional: cuidou do ensino superior, o único que está sob a sua responsabilidade, além das escolas técnicas. Melhorou as condições das universidades federais, cujos professores tiveram salários achatados no governo anterior, e criou inúmeras oportunidades de financiamento com base no mérito através de Editais de apoio à infra-estrutura e a projetos de pesquisa. Está promovendo um aumento sensível do número de vagas nas universidades federais e procurando aumentar o controle social das universidades privadas, que foram enormemente favorecidas pelo ex-Ministro Paulo Renato Souza do governo do PSDB. O problema é que estados e municípios não cumprem com o papel constitucional nos ensinos básico e médio. São Paulo, que teve um dos melhores sistemas de ensino público do país, praticamente destruiu este sistema nas últimas décadas.


Na área social, nem é preciso dizer. Os números falam por si. É o primeiro governo que, desde o regime militar, melhora a distribuição de renda neste país. São programas sociais criticados pela direita, que avha que programa social é " dar dinheiro a vagabundo" e pela esquerda, que queria vê-los ampliados, "tirando o dinheiro dos banqueiros", como se eles não soubessem tirar o dinheiro do país antes que algum governo pense em fazer isso. Iniciou, de forma pioneira, as políticas de ação afirmativa, com a criação de cotas nas universidades, inclusive as estaduais paulistas que no discurso oficial criticam as cotas, já estão implementando programas de discriminação positiva com base em critérios de origem social e racial (ainda que sem muito fundamento científico, o conceito de raço é socialmente muito concreto e claramente demonstrável). Na verdade o que possivelmente trava a aprovação da reforma da universidade, por trás dos belos discursos, são as interesses das universidades particulares mercantilistas, que passariam a ter um maior controle pela sociedade.


Na saúde, o governo lutou como nunca para reforçar os programas preventivos, de apoio à família, de vigilância epidemiológica, de apoio ao SUS, e não apenas nas campanhas de grande apelo publicitário como o programa de fornecimento de remédios para AIDS do governo, que teve a devida continuidade. O empenho de países como a África do Sul, muito mais do que do governo brasileiro anterior, que tanto alardeou na mídia, permitiu negociações frutíferas com os grandes lçaboratórios multinacionais, que passaram a negociar preços melhores para os países mais pobres. Este esforço deve continuar num esforço conjunto de vários países, e nehum presidente brasileiro teve tanto prestígio junto à comunidade dos países em desenvolvimento como Lula e, portanto, tão boas condições de dar continuidade a este esforço.


Na política externa, nunca nossas embaixadas se empenharam tanto na promaoção dos nossos produtos brasileiros no exterior. Nunca um presidente teve tanto prestígio junto à comunidade internacional e foi tão ouvido em relação aos grandes problemas mundiais, como conflitos e meio ambiente. Poucos presidentes são, hoje, como ele, capazes de manter diálogo construtivo com Fidel Castro, Hugo Chávez e George Bush, sendo bem recebido por todos eles. Poucos lutaram tanto pelo prestígio do país, não dele próprio, como fez bem nosso presidente anterior (FHC). Nunca nosso país defendeu tão bem seus interesses junto aos órgãos internacionais como a ONU, OMC, etc.


Enfim, temos um governo que procura sempre acertar num sincero e real empenho para melhorar as condições de vida do país, garantir sua soberania e seu desenvolvimento econômico e social sustentável. Entretanto, nunca um governo foi tão atacado por tudo e por seu contrário. É atacado por corrupção por combatê-la, como nunca se fez neste país.

É atacado pela insegurança, quando nehum governo federal fez tanto nesta área, que é de responsabilidade principalmente de governos de estados. É atacado pelos problemas da educação, quando nunca os setores superior e técnico, que estão sob sua responsabilidade, tiveram melhores condições na última década. É atacado pela reforma da previdência, que diminuiu privilégios insustentáveis; atacado pela esquerda, que queria mantê-los, e pela direita, que queria destruir o setor público. É atacado até mesmo o seus filhos, acusam de beber muito por maledicência, é atacado quando ataca a corrupção. Quando seu caráter o obriga a defender, ainda que tomando as providências cabíveis de afastamento do governo, companheiros de longa data e de currículo de peso na história deste país.


O Presidente Lula é um injustiçado pela mídia e por setores das classes mais abastadas, que, na verdade, nunca se conformaram com a idéia de ter um torneiro mecânico e ex-sindicalista, um "da Silva", no mais alto posto da nação.
Fonte:Correio Web 17 / 08 / 2006


JUAN CARLOS RAMIREZ ABADIA

A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o suboficial da Aeronáutica Ângelo Cassol, que também é funcionário da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele é suspeito de trabalhar para o traficante colombiano Juan Carlos Abadia, preso na semana passada em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo.

Segundo a PF, ele fornecia passaportes e vistos falsos para a quadrilha do traficante, que usava pelo menos cinco passaportes diferentes. A prisão faz parte da segunda fase da Operação Farrapos, que é realizada nesta sexta-feira em Foz do Iguaçú, na fronteira com o Paraná. O objetivo é desarticular uma organização criminosa, especializada em obter carimbos de entrada e saída do Brasil, nas tarjetas relativas aos Passaportes Falsificados dos integrantes mais importantes do grupo, como Juan Carlos Ramirez Abadia.
Estão sendo cumpridos, na cidade de Foz do Iguaçu, cinco mandados de Busca e Apreensão e mais um mandado de Prisão Temporária, além do já cumprido com a prisão de Cassol.

Suspeitos liberados
A Polícia Federal de São Paulo informou que duas pessoas - e não três, como havia sido divulgado inicialmente - envolvidas com o traficante Juan Carlos Ramírez Abadía foram liberadas no início da madrugada desta sexta-feira.
Um homem e uma mulher, de prenomes André e Elaine, estavam presos na carceragem da sede da Superintendência da Polícia Federal, na Lapa, zona oeste de são Paulo, desde o dia 7 deste mês.

Eles estavam entre os 12 presos durante a Operação Farrapos e foram liberados por causa do término do prazo de prisão temporária. O colombiano Abadia, de 44 anos, é considerado um dos maiores traficantes do mundo.
Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A Conjuntura Econômica Do Brasil

Por Denis Martins

O ano de 2006 apresentou melhoria em uma série de indicadores.

Analisando os componentes do PIB (Produto Interno Bruto), percebe-se desempenhos bastante diferenciados que podem, inclusive, explicar a avaliação mais positiva que perte expressiva da população faz de suas condições de vida. O bom desempenho recente do setor de comércio, que vem crescendo a taxas bastante elevadas, por exemplo, reflete o aumento na renda real dos ocupados e na massa de rendimentos, a ampliação dos programas sociais de garantia de renda mínima e a expansão do crédito ao consumidor.

Também se destaca o setor da construção civil, no qual se começa a perceber impactos positivos de medidas, adotadas em 2006, de desoneração fiscal, mudanças de ordem legal e aqueda nos patamares das taxas de juros.

Desde 2005 observa-se que o consumo das famílias, o investimento, passaram a ter mais peso no crescimento da demanda, quando comparados a anos anteriores. As exportações também continuaram contribuindo para o crescimento econômico, mas com redução relativa em seu peso, frente ao aumento da produção voltada para o mercado interno, das importações e dos investimentos.
As taxas de desemprego, apesar de existirem, não são o foco da grande mídia, pois, fica evidente a queda ao longo do tempo. Pesquisas e registros administrativos do Ministério do Trabalho têm mostrado, queda do desemprego, aumento da ocupação, crescimento do emprego com carteira assinada, este, em geral, com uma remuneração maior que a do setor informal.

Esta combinação, de um número maior de trabalhadores empregados com uma recuperação dos valores pagos, tem produzido aumento da massa de rendimentos e do rendimento médio real.
A evolução do salário mínimo nacional e dos preços da cesta básica tem significado uma melhora substantiva do poder de compra dos trabalhadores de mais baixa renda. Além disso, a queda observada nos patamares de inflação, para níveis semelhantes aos de economias estáveis, tem sido um fator coadjuvante importante na manutenção do poder de compra dos salários em geral.

O ano de 2007 já está encaminhando para o seu final e não deve trazer grandes surpresas na economia. O crescimento do PIB deve sser superior a 2006. Os investimentos irão aumentar para atender a um crescimento da demanda, especialmente em função da expanção do mercado interno, que seguirá melhorando em decorrência da continuidade da elevação do emprego formal.

O desafio do crescimento tende a assumir o centro da conjuntura em 2007, talves de forma inédita. O governo tem dadoimportância fundamental para o tema, como evidenciado pelo próprio conjunto de medidas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que foi divulgado em janeiro de 2007, visando contribuir para a elevação das taxas de crescimento econômico do País e deve ser visto como um lance importante no esforço para "destravar" a economia brasileira.
Se por um lado o PAC tem como objetivo garar emprego em alguns setores da economia, do outro lado, as taxas de juros estão no nível mais baixo da história do País, valorizando o real e fortalecendo os investimentos.

Por isso é importante deixar claro que não existe mágica ou receita que resolvam os problemas socioeconômicos de uma hora para outra. O que realmente pode fazer a diferença é uma política econômica adequada, que vise o desenvolvimento de longo e médio prazo do País, com trabalho duro e persistente de toda sociedade.

Fonte: Texto adaptado DIEESE/DF

Luiz Inácio Lula da Silva


Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945, na cidade de Garanhuns, interior de Pernambuco. Casado com Marisa Letícia, desde 1974, tem cinco filhos. Lula, por sua vez, é o sétimo dos oito filhos de Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Mello. Em dezembro de 1952, a família de Lula migrou para o litoral paulista, viajando 13 dias num caminhão "pau de arara". Foi morar em Vicente de Carvalho, bairro pobre do Guarujá.

Foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. Em 1956, a família mudou-se para São Paulo, passando a morar num único cômodo, nos fundos de um bar, no bairro de Ipiranga. Aos 12 anos de idade, Lula conseguiu seu primeiro emprego numa tinturaria. Também foi engraxate e office-boy.

Com 14 anos, começou a trabalhar nos Armazéns Gerais Columbia, onde teve a Carteira de Trabalho assinada pela primeira vez. Lula transferiu-se depois para a Fábrica de Parafusos Marte e obteve uma vaga no curso de torneiro mecânico do Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Indústrial. O curso durou 3 anos e Lula tornou-se metalúrgico.
A crise após o golpe militar de 1964 levou Lula a mudar de emprego, passando por várias fábricas, até ingressar nas Indústrias Villares, uma das principais metalúrgicas do país, localizada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Trabalhando na Villares, Lula começou a ter contato com o movimento sindical, por intermédio de seu irmão José Ferreira da Silva, mais conhecido por Frei Chico.

Em 1969, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema fez eleição para escolher uma nova diretoria e Lula foi eleito suplente. Na eleição seguinte, em 1972, tornou-se primeiro-secretário. Em 1975, foi eleito presidente do sindicato com 92 por cento dos votos, passando a representar 100 mil trabalhadores.

Lula deu então uma nova direção ao movimento sindical brasileiro. Em 78, Lula foi reeleito presidente do sindicato e, após 10 anos sem greves operárias, ocorreram no país as primeiras paralisações. Em março de 79, 170 mil metalúrgicos pararam o ABC paulista. A repressão policial ao movimento grevista e a quase inexistência de políticos que representassem os interesses dos trabalhadores no Congresso Nacional fez com que Lula pensasse pela primeira vez em criar um Partido dos Trabalhadores.

O Brasil atravessava, então, um processo de abertura política lenta e gradual comandada pelos militares ainda no poder. Em 10 de fevereiro de 1980, Lula fundou o PT, juntamente com outros sindicalistas, intelectuais, políticos e representantes de movimentos sociais, como lideranças rurais e religiosas. Em 1980, nova greve dos metalúrgicos provocou a intervenção do Governo Federal no sindicato e a prisão de Lula e outros dirigentes sindicais, com base na Lei de Segurança Nacional. Foram 31 dias de prisão.

Em 1982 o PT já estava implantado em quase todo o território nacional. Lula liderou a organização do partido e disputou naquele ano o Governo de São Paulo. Em agosto de 83, participou da fundação da CUT – Central Única dos Trabalhadores. Em 84 participou, como uma das principais lideranças, da campanha das "diretas-já" para a Presidência da República. Em 1986, foi eleito o deputado federal mais votado do país, para a Assembléia Constituinte.
O PT lançou Lula para disputar a Presidência da República em 1989, após 29 anos sem eleição direta para o cargo. Perdeu a disputa, no segundo turno, por pequena diferença de votos, mas dois anos depois liderou uma mobilização nacional contra a corrupção que acabou no "impeachment" do presidente Fernando Collor de Mello. Em 1994 e 1998, Lula voltou a se candidatar a presidente da República e foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso.

Desde 1992, Lula atua como conselheiro do Instituto Cidadania, uma organização não-governamental criada após a experiência do Governo Paralelo, voltado para estudos, pesquisas, debates, publicações e principalmente formulação de propostas de políticas públicas nacionais, bem como de campanhas de mobilização da sociedade civil rumo à conquista dos direitos de cidadania para todo o povo brasileiro.

Na última semana de junho de 2002, a Convenção Nacional do PT aprovou uma ampla aliança política (PT, PL, PCdoB, PCB e PMN) que teve por base um programa de governo para resgatar as dívidas sociais fundamentais que o país tem com a grande maioria do povo brasileiro. O candidato a vice-presidente na chapa era o senador José Alencar, do PL de Minas Gerais.
Em 27 de outubro de 2002, aos 57 anos de idade, com quase 53 milhões de votos, Luiz Inácio

Lula da Silva é eleito Presidente da República Federativa do Brasil.

Em 29 de outubro de 2006, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, se reelege Presidente da República com mais de 58 milhões de votos (60, 83% dos votos válidos) vencendo em segundo turno o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Geraldo Alckmin.