quinta-feira, 10 de setembro de 2009

DESCONFIÔMETRO NA ERA FHC (2.443 PONTOS)

02/12/2003
O presidente do Banco Central, Henrique Meireles, disse hoje que o Brasil tem condições de crescer de forma sólida - acima de 3% já no ano que vem. Meirelles citou o controle da inflação - e também a queda dos últimos dias do risco-Brasil. O risco-Brasil talvez pudesse ser chamado e "desconfiômetro", porque mede mesmo a desconfiança dos investidores internacionais na nossa economia.

Na fila do crediário, o dinheiro é mais barato para quem é bom pagador. Carteira de trabalho assinada, avalistas, quanto mais garantias o cliente oferecer para o banco, mais baixa é a taxa de juros do empréstimo. Com o país é a mesma situação. Se as contas estão em dia, se a expectativa sobre a economia é boa, isso significa que a chance dele pagar a dívida também é grande. E, por isso, a taxa cobrada pelos investidores na hora do empréstimo é menor. É o que tem acontecido com o Brasil. Hoje, temos quase US$ 60 bilhões de títulos da dívida negociados todos os dias no exterior. O mais procurado é o C-Bond, que nunca valeu tanto. Os Estados Unidos também pegam dinheiro emprestado em troca de títulos, mas pagam os menores juros do mercado porque a possibilidade de darem um calote é considerada zero.

 O risco-Brasil é justamente a diferença entre a taxa que nós pagamos e a que eles pagam. No ano passado, por causa do nervosismo antes das eleições, essa diferença chegou aos 2.443 pontos em setembro. Em janeiro, logo depois da posse do novo presidente, o número já estava quase na metade: 1.387 pontos. E foi caindo até atingir, ontem, 495 pontos - o menor nivel desde 1998. E, quanto mais baixos os juros pagos lá fora, mais baixos aqui dentro também, diz o presidente do banco central. "Para que a taxa de juros caia de forma consistente é preciso, entre outras medidas, que o risco-país caia", afirma o presidente do Banco Central Henrique Meireles. E juro mais baixo significa crescer mais, segundo os economistas. "Quanto menor a taxa de risco que o país tem, maior vai ser a taxa de crescimento pelo menos no curto prazo e menor vai ser a taxa de desemprego", explica o professor da PUC-Rio de Janeiro, José Marcio Camargo.

Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL551796-10406,00-RISCOBRASIL+O+TERMOMETRO+DO+NIVEL+DE+CONFIANCA+DOS+INVESTIDORES.html

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